sábado, março 04, 2006

Oscar: grifes brigam para vestir estrelas. E elas lucram

Amanhã é o grande dia para as estrelas do cinema. Indicadas, apresentadoras ou meras convidadas desfilam pelo tapete vermelho do Oscar de olho no título de mais elegante da noite. Além da tradicional briga pela estatueta, que eleva cachês, há a luta pelos olhares dos mais de um bilhão de telespectadores do evento. Como tudo na indústria do cinema, a disputa ganha status de negócio. Aparecer glamourosa, coberta por um lindo vestido, rende capas de revistas, fotos nas primeiras páginas dos jornais e closes em telejornais de todo o mundo.

Atraídos por essa superexposição, estilistas chegam a investir até US$ 250 mil para contratar relações públicas e armar showrooms em Hollywood, segundo o WWD. Tudo com o objetivo de convencer celebridades a usarem uma peça de suas coleções na cerimônia. "Conseguir vestir alguém é como ganhar na loteria", diz a designer Carolina Herrera. Estima-se que Valentino tenha tido o equivalente a US$ 25 milhões em visibilidade na mídia simplesmente porque Julia Roberts estava com um vestido dele ao receber o Oscar de melhor atriz, em 2001.

O acordo entre estrelas e grifes envolve cada vez mais dinheiro. Agora, não é mais suficiente emprestar vestidos de US$ 5 mil ou colares de US$ 500 mil. As celebridades querem ficar com as peças ou receber 'presentes' por exibirem as marcas no tapete vermelho. “É um investimento enorme, mas não o faríamos se não víssemos vantagem”, afirma a vice-presidente de relações públicas da Revlon, Ellen Maguire.

Antes que o mundo descubra quais marcas as principais estrelas do cinema estarão vestindo na 78ª edição do Oscar, a equipe do Tudo de Novo mostra looks que poderiam figurar entre os 'escolhidos' para fazerem as celebridades brilharem no tapete vermelho.

Aquelas que gostam de arriscar, fugindo do tradicional vestido de gala, podem optar pelo vestido-macacão de Zac Posen, pela transparência florida de Brian Reys ou pelo modelo vinho de Sari Gueron. Outras possíveis escolhas são o Dolce & Gabbana com estampa animal, o Malandrino ao estilo Prada e os dourados de Elie Saab e Giambattista Valli. Restam ainda o tom cru de 3.1 Philip Lim, o volumoso de Oscar de La Renta e o preto brilhoso de Armani.

As estrelas que preferem não correr riscos devem usar pretinhos básicos como o tomara-que-caia com calda em plumas de Julien MacDonald, o sóbrio com barbatanas da Rochas, o volumoso de Elie Saab, o transparente de Derel Lam, o tomara-que-caia da Yiagal e o Malandrino com alças inusitadas. Para encerrar, duas vezes Versace, marca sempre presente no tapete vermelho.